Caros degustadores,
O nosso blog desde o início de nossa caminhada sempre esteve confuso quanto à padronização de um modelo de análise diplomática e tipológica, para ser utilizado em nossas atividades e filosofias em mesa de bar. Sendo assim, antes tarde do que nunca, após muitas discussões entramos em um consenso para o estabelecimento de um modelo que melhor servisse para atingir os nossos objetivos.
Em um dos nossos primeiros posts, a nossa análise foi bem superficial. Não tínhamos idéia do que era na prática tipologia documental (por isso que o campo destinado para preenchimento encontra-se sem resposta) e muito menos sabíamos quais os reais objetivos de uma análise diplomática, já que inclusive costumávamos confundir autenticidade com veracidade. Era muita confusão e muita coisa pra entender...
Em nosso primeiro contato com o Cedoc/UnB no qual resultou em outra análise diplomática e tipológica, confira aqui, começamos a entender o que era na prática diferenciar a função arquivística (documento como objeto de prova) de função administrativa de um documento (o porquê que o documento existe). Embora estivéssemos começando a entender, não sabíamos ainda ao certo como recortar isso para uma análise diplomática e tipológica. Nesse momento, depois de muitas atividades e aulas interessantes, não confundíamos mais os conceitos de autenticidade e veracidade, inclusive já era possível descobrir em até que ponto é competência de um profissional de arquivo questionar esses atributos em um documento.
Após mais uma visita ao Cedoc/UnB o que resultou em mais uma atividade (nada melhor como uma aula dentro de um arquivo), passamos a entender, de fato, o que era uma tipologia documental. Os textos do Ruipérez foram aos poucos se esclarecendo em nossas mentes e passamos a compreender o real sentido do levantamento de tipologias, quais os benefícios a obter com esse levantamento e em até que ponto a diplomática pode nos ajudar.
As noites de sextas-feiras que demoravam pra chegar e que ao mesmo tempo passavam tão rápido, pois parecia que os nossos questionamentos jamais acabavam e que estes precisariam de mais tempo para ser sanados (pois é como dizem “quanto mais se estuda, mais pensamos que não sabemos nada”) e a preocupação em tentar fazer boas atividades obrigatórias, nos trouxeram mais maturidade e inclusive, contribuiu para um maior incentivo para buscar novas respostas. Os modelos apresentados por Lopez e Ruipérez nos mostraram como é importante manter a organicidade dentro de um conjunto documental; como é necessário para tanto, mapear o trâmite, atividades e as funções de um documento de arquivo; mostraram-nos o quanto a realização desse mapeamento pode influenciar na hierarquização de um plano de classificação; esclareceram-nos sobre os conceitos de séries documentais e sobre a necessidade de uma análise diplomática e tipológica recair sobre todos os documentos de uma mesma série documental e não em espécies específicas; e por fim, como é importante não decorar conceitos de textos para realização da prova, mas saber como esses conceitos podem ser aplicados.
Assim, após assimilar de uma melhor forma a proposta da disciplina, tivemos a necessidade de adotar um modelo que melhor estruturasse as nossas análises e que pudesse contemplar as especificações do documento em si e, também, que explicitasse os elementos formais e aqueles inerentes ao documento.
Sendo assim, segue o modelo que será adotado pelo nosso grupo para as próximas atividades.
Cabe lembrar que os elementos citados acima em nosso novo modelo representam requisitos mínimos para realização de uma análise. Havendo a necessidade de acrescentar campos para a execução de uma análise mais complexa, a inserção destes poderá ser feita livremente.
Obrigada pela atenção! Tenham uma ótima noite.
Por Jullyana Borges
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